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quinta-feira

Manejo de gado leiteiro

MANEJO DO GADO LEITEIRO

O manejo do gado leiteiro exige muitos cuidados, desde o nascimento da terneira, pois se o agricultor/a descuidar com a mesma estes aspectos terão consequência no futuro, quando esta será vaca. Então os cuidados mais indicados com a terneira são fornecer o colostro assim que a terneira nasceu, para que adquira a imunidade passiva que é passada da mãe através do colostro, aconselha-se ainda o fornecimento do colostro na quantidade de 4 litros diariamente, o fornecimento do mesmo deve ser dividido fornecendo-o duas vezes ao dia. É de fundamental importância o fornecimento de água desde a primeira semana de vida, para que a mesma vá se acostumando a tomar água, mas lembrando que deve se ter o cuidado de não fornecer água logo após o fornecimento do leite, pois neste caso a terneira poderá confundir a água com o leite e ingeri-lá em excesso acarretando em problemas como diarréia. De preferência as terneiras devem ser criadas em abrigos, mas onde as mesmas tenham liberdade para pastar e estar em contato com o sol, assim estas futuramente terão menos problemas com doenças, pois estão acostumadas com a variação de temperatura.
O manejo da vaca em ordenha também exige muito cuidado, principalmente cuidados relacionados com a higiene do animal, durante a ordenha, deve-se sempre lavar os tetos com água corrente e logo após a lavagem secá-los, o papel toalha seria o mais aconselhável para efetuar a secagem, mas para uma melhor viabilidade pode se utilizar um pano, mas este pano deve ser lavado bem após cada ordenha, com sabão em pó, secado e depois passado para eliminar as bactérias existentes no mesmo, o aconselhável é que se tenha uma toalha identificada para cada vaca, pois através da toalha pode ocorrer a contaminação das outras vacas, o indicado é sempre eliminar os três primeiros jatos de leite de cada teto, através deste método é diagnosticada a mastite clínica ou até mesmo a ambiental, mas a eliminação destes três primeiros jatos de leite deve ser feita, pois são os primeiros jatos de leite que arrastam as bactérias que ficam no canal do teto e que se não tirados contaminam o leite. Para evitar problemas de mastite devem ser seguidos os passos acima relacionados durante a ordenha, e para combater as bactérias indica-se esterilizar todos os utensílios de ordenha com água quente.
A alimentação das vacas em muitos casos é a base de silagem, pastagem e suplementação com ração. Mas como sabemos que para realizar uma silagem de boa qualidade estão envolvidos altos custos, da mesma forma a suplementação com ração também eleva os custos da produção. Já a pastagem é a fonte mais econômica de nutrientes, sendo assim a vantagem é produzir leite com baixos custos o que automaticamente vai gerar mais renda para o agricultor/a, assim este terá maior capacidade para fazer maiores investimentos em sua propriedade, melhorando sua qualidade de vida.
O agricultor/a deve ter conhecimento para saber que mantendo o gado em pastagens extensas vai encontrar uma série de inconvenientes, entre os quais: menor aproveitamento das forrageiras, menor controle sobre os animais, baixo rendimento do leite e uma reprodução mal orientada. Por estes motivos o agricultor/a deve adotar o sistema de rotação de pastagens.
As pastagens devem ser manejadas de forma rotativa, preferencialmente em forma de piquetes, evitando o pisoteio excessivo e facilitando o manejo, nesta forma de manejo deixa-se os animais pernoitarem nos piquetes facilitando assim o manejo dos mesmos, este sistema permite que o gado corte o pasto e faça a adubação do mesmo, repondo assim ao solo parte dos nutrientes que tinha no pasto. Assim o esterco e a urina que o gado depositar no pasto consecutivamente vai melhorar o solo e automaticamente também a pastagem. Desta forma o gado sendo bem manejado nos piquetes o esterco deixa de ser um problema ao redor dos galpões, desempenhando uma grande solução para as pastagens. São recomendadas pastagens mistas de gramíneas, leguminosas e outras plantas, buscando assim maximizar a biodiversidade e evitando-se as monoculturas de forrageiras, e através desta forma de pastagem o agricultor/a terá pastagem praticamente durante todo o ano, por exemplo efetuando o consórcio de trigo, aveia, azevém e ervilhaca e debaixo dessas culturas tiver um determinado tipo de grama, o agricultor/a terá pastagem para o gado durante todo o ano.
Devemos fazer um bom manejo das pastagens, pois a pastagem do ínicio do rebrote é pobre em fibra e rica em compostos nitrogenados solúveis que podem provocar diarréia. As pastagens em estágio ótimo para largar o gado no pasto, produzem mais matéria seca/ha, tem sua composição mais equilibrada, teor de fibra melhor e o nitrogênio se encontra sob forma de aminoácidos, substâncias mais saudáveis que os nitritos e nitratos. Quando a pastagem esta em ponto ótimo de repouso nutricionalmente ele será superior para o gado. Fazer a colheita do pasto antes do tempo ótimo significa perder em quantidade e comprometer a perenidade e fazer a colheita depois significa perder qualidade e quantidade. Precisamos ter presente que para realizar a pastagem rotativa em piquetes fazendo com que o gado permaneça nos piquetes durante o tempo todo precisamos ter a viabilidade de água nos mesmos. O agricultor/a deve ter em mente que a pastagem é a fonte mais econômica de nutrientes, ou seja o agricultor/a que utilizar a pastagem vai produzir leite com menos custo, o que torna a produção mais viavél. Como afirma Luiz Carlos Pinheiro Machado “Antes de se tornar um bom produtor de leite, ou de carne, o produtor precisa se tornar um excelente produtor de capim”.
Ademir Amaral e Fabiana Bender
AREDE Santa Rosa. Esteve palestrando para nós sobre agricultura familiar e agro-indústria.

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