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Tema do ano 2011 Paz na criação de Deus. Esperança e compromisso. Lema bíblico: "Glória a Deus e paz na terra." Lucas 2.14 E-mail: luteranosburiti@gmail.com ou do pastor: Paulo

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quinta-feira

Mensagem de Natal


O verdadeiro Natal acontece todos os dias

Então é Natal, o que você fez, o ano termina e nasce outra vez... Assim diz a conhecida canção. Pois é, e o que nós estamos fazendo com os nossos natais? O que ainda é original em nosso Natal?
O Deus que se fez gente e veio morar entre nós estará completando mais um aniversário. O Deus em forma de criança humilde, que nasceu em meio aos animais numa pequena cidade chamada Belém, ou seria Nazaré? Bem, isso pouco importa, o fato é que Ele se fez um de nós. O amor de Deus encarnado, que se tornou gente para se alegrar com nossas alegrias, para chorar com nossas tristezas e nos trazer esperança e paz em todo o tempo. Esse é o nosso menino da manjedoura chamado Jesus de Nazaré. Por meio do seu nascimento, vida, morte e ressurreição ele nos trouxe à reconciliação com Deus e à salvação por meio da fé.
Muitas pessoas dizem que o Natal tem um encanto todo especial. Acreditam que nesse tempo as pessoas estão mais sensíveis, mais amorosas, mais humanas e, porque não dizer, mais solidárias. Creio que seja tempo oportuno para refletirmos sobre o Natal que o comércio não consegue vender. O Natal que só podemos experimentar pelo amor, pela fé, na vida em comunidade e na vida em família, na diaconia.
Certa vez o Natal era algo esperado, desejado, não apenas pelos presentes, mas pelas visitas de amigos e familiares, pela noite de Natal na igreja e pelas apresentações natalinas. O colorido do Natal encantava, fazia a vida mais alegre, dava mais sentido à vida. Tudo começava com os preparativos para esse dia.
Quem ainda hoje quer perder tempo para ensaiar algo para o Natal? As pessoas não têm mais tempo para isso! Estão todas muito ocupadas, muito atarefadas.
Outro dia, quando trouxe alguns teatros de Natal para distribuir, logo senti que a grande maioria das pessoas não estavam dispostas a encarar o desafio. Uma senhora me disse, mas pastor, no tempo que eu era da juventude nós sempre apresentávamos um teatro. Passávamos dias e dias ensaiando. Hoje os jovens não querem mais ajudar. Propus então que ela encarasse novamente o desafio, mesmo já tendo mais idade. Pois é, disse ela, agora a gente não tem mais muito tempo, temos sempre muito o que fazer em casa, a memória já não ajuda mais, a vista já não é boa, as pernas já estão muito fracas... E tem mais, disse ela ironicamente, hoje também tem muita novela que a gente não pode perder, canastra para jogar e daí realmente sobre pouco tempo mesmo.
Realmente, são outros tempos. E o nosso tempo para Deus parece ficar cada vez mais escasso; convivemos cada vez menos com a família, cada vez menos com a comunidade, cada vez menos com Deus. Quando os pastores de ovelhas ficaram sabendo que o menino havia nascido deixaram tudo para trás e foram ver a criança. Talvez seja tempo de pensarmos o que nós também deveríamos deixar por um tempo de lado, para buscar a criança nascida em Belém.
É preocupante o fato de que muitos pais tentam compensar o tempo perdido, ou não investido com seus filhos, dando-lhes presentes e regalias que eles não tiveram na infância. Como se pudessem com isso ensinar-lhes o que é o Natal. Pense um pouco no que foi o seu Natal na infância. Para muitos de nós foi marcante, não pelos presentes que recebemos, mas pelo que veio antes; os preparativos, ensaios para a noite de Natal, a limpeza da casa e do pátio, as compras da mãe para fazer as bolachas pintadas, o bezerro que era engordado para a ocasião, o dia que ele era carneado e parte da carne era dividida de forma solidária com os vizinhos, a caminhada até a pequena igreja sempre lotada, onde, pelo caminho, íamos encontrando os vizinhos que também se dirigiam ao mesmo local, etc. Tudo isso antecedia o Natal e por isso era a maior festa.
A véspera era marcada com a espera dos presentes. Todavia, eles não eram o mais importante, eram apenas parte de um todo que já havia começado com os preparativos meses antes e que culminava com o dia de Natal, na casa da muta e do fata, ou mesmo na casa do pai e da mãe. Que dia feliz! Tínhamos vontade de que esses dias nunca terminassem, tamanha a alegria e a felicidade que eles provocavam.
Por que não pode ser Natal todos os dias?! Por que ser solidário apenas no Natal? Por que deixar para fazer visitas aos asilos, as pessoas doentes etc, somente na véspera do Natal? Se a Missão de Deus é nossa paixão, não existe apenas um dia que seja Natal, pois Cristo nos dá todo novo dia um Natal e assim cada novo dia se torna momento oportuno para exercitarmos a diaconia; sendo solidários, fazendo visitas, dando carinho, ofertando amor, perdoando, abraçando, etc. Cuidemos para que não sejamos uma igreja diaconal apenas no Natal e na Páscoa.
Votos de que esse Natal seja original e que dure todos os dias do novo ano.
P. Vilson Luiz Hining

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