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Tema do ano 2011 Paz na criação de Deus. Esperança e compromisso. Lema bíblico: "Glória a Deus e paz na terra." Lucas 2.14 E-mail: luteranosburiti@gmail.com ou do pastor: Paulo
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quarta-feira
A dinâmica de com-viver
Com-viver
Certa vez quatro amigos levaram um paralítico até Jesus. Usando a criatividade eles fizeram um buraco no telhado da casa e, assim, romperam as barreiras que impediam-no de chegar até a cura (evangelho de Marcos 2). Destaca-se aqui a importância dos amigos no processo. Foram eles que, convivendo com o paralítico, foram buscando alternativas para o enfrentamento de suas limitações. Percebe-se as dificuldades que tiveram que enfrentar; barreiras humanas e arquitetônica, etc. Nesse tumulto todo no qual o mestre se encontrava, ele soube olhar e ver aquilo que era mais urgente. A fé e a persistência desses personagens se tornaram dignas da atenção de Jesus.
Com esse pano de fundo queremos relatar um pouco da nossa caminhada na área da inclusão no nosso contexto. Logo que chegamos, procuramos desenvolver parcerias em conjunto com as instituições que já trabalham com o assunto da inclusão. Ali buscamos formar uma rede de “amigos” que caminham juntos em busca de soluções para a inclusão das pessoas com deficiência. Por isso, a nível de paróquia, também não privamos as pessoas de conviverem com o nosso filho Pedro que tem paralisia cerebral. Ele é a prova viva de que a interação e a convivência com essas pessoas possibilita entrar em sintonia com o seu mundo. Verificamos que somente a medida que estamos em contato permanente é que conseguimos viver a inclusão. Pedro não fala fluentemente e, outro dia, uma senhora, ao observá-lo, vendo que ele gesticulava para dizer algo, falou espantada: “Vocês entendem tudo o que ele diz!”. Logo ela se corrigiu e acrescentou: “Mas como não vão entender se vocês estão todos os dias juntos”. A conclusão óbvia a que ela chegou, é a mesma que também nós chegamos a medida que convivemos.
Como cristãos temos que “construir pontes” e de forma criativa, “abrir buracos” onde possamos tornar a inclusão viável, sem receio de errar, de perguntar, de se aproximar. Isto porque são elas mesmas que vão nos ensinando o que é preciso. Por isso mesmo inclusão acontece aonde existe disposição para a convivência, aonde as pessoas estão abertas para o encontro com o diferente. Um exemplo bem claro disso são os amigos e colegas do nosso filho. São eles que já convivem a quatro anos junto que o acolhem e tornam a vida do Pedro plena. Isto sem nunca terem recebido um manual prévio de como interagir com ele. Percebe-se como os amigos tornam a inclusão possível! Eles podem fazer a diferença! Como seria se ele não estivesse estudando em uma escola regular? Pode um cego guiar outro cego? (Evangelho de Mateus 15.14b).
A interação com o diferente trouxe uma nova visão do assunto dentro de nossa paróquia. Prova disso é que em todos os templos e salões das comunidades foram adequações. O que contribuiu para isso foram a convivência e os trabalhos que a IECLB vem desenvolvendo nesta área; Semana Nacional da Pessoa com Deficiência, seminários a nível sinodal, trabalhos em conjunto com as APAEs etc. Todos esses têm motivado o diálogo e a “construção de pontes” a nível local. Notamos, todavia, que ainda são poucas as pessoas que se envolvem com a causa. Normalmente quem se engaja é porque possui alguma ligação direta com o assunto. Talvez essa seja uma das lutas na qual devamos persistir para que mais amigos e amigas se envolvam.
P. Vilson Luiz Hining e Cand. a Diácona Sônia M. D. Hining.
Buriti. Santo Ângelo/RS
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